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Cadernos da Prisão
Álvaro Cunhal
No «Inventário de objectos e escritos pertencentes a Álvaro Cunhal, em sua posse ou em depósito na Cadeia do Forte de Peniche (A serem entregues a sua família em caso de sua morte)» são referidos «3 cadernos com cópias de documentos do meu processo, cartas a advogados, indicações e documentos referentes a minha saúde, etc.»
Estes cadernos, que abrangem o período da sua prisão na Penitenciária de Lisboa, foram levados, assim como muitos outros, para a Cadeia do Forte de Peniche para onde Álvaro Cunhal foi transferidos em 27 de Julho de 1956. São estes cadernos e algumas folhas separadas juntas a eles, escritas quer numa quer noutra cadeia, que constituem os escritos que designamos por Cadernos da Prisão.
Trata-se de um documento histórico imprescindível para conhecermos, concreta e directamente, a sua personalidade de revolucionário exemplar na situação de rigorosa clausura em que foi mantido de 4 de Abril de 1949 a 3 de Janeiro de 1960, intransigente na defesa dos seus direitos, mesmo os escassos direitos de um regime prisional fascista, lutador incansável contra a desumanidade dos rigores, ilegalidades e prepotências a que esse mesmo regime o submetia, mantendo ao mesmo tempo uma actividade intelectual persistente, diversificada e de grande profundidade, apesar de e contra esses rigores prisionais.
No CD, além da fácil e diversificada visualização de toda essa documentação, encontram-se também transcritos os principais documentos (permitindo a sua comparação com os originais) e são fornecidas várias notas relativas ao conteúdo dos documentos e às relações entre eles.