Aprender sempre, quando se assinalam os 150 anos do nascimento de Lénine

Figura pequena e entroncada, de grande cabeça calva e protuberante metida nos ombros. Olhos pequenos, nariz largo e curto, boca ampla e generosa e queixo forte; estava barbeado, mas a sua barba tão conhecida no passado, como o seria no futuro, começava novamente a despontar. Vestia um fato coçado em que as calças eram demasiado compridas. Nada tinha de especial para ser um ídolo das multidões, mas foi amado e venerado como poucos dirigentes na História. Estranho dirigente popular – dirigente só pelo poder do intelecto, sem brilho, sem humor, intransigente e desprendido, sem idiossincrasias pitorescas – mas com o poder de explicar ideias profundas em termos simples, de analisar uma situação concreta. E aliava o maior arrojo intelectual à sensatez.

É desta forma que John Reed descreve Lénine em Dez Dias Que Abalaram o Mundo. Hoje, quando se assinalam os 150 anos do nascimento de Lénine, continuamos a admirar o seu «arrojo intelectual», a sua extraordinária capacidade de «explicar ideias profundas em termos simples».

Publicámos hoje o último episódio da série de sete episódios sobre a sua vida e obra. Uma viagem biobibliográfica que pode ser aprofundada lendo as obras de Lénine (e, na verdade, também sobre Lénine) que disponibilizamos com um desconto especial de 20% sobre o preço de capa.
Mas procurando facilitar o acesso a esta campanha, e tendo em conta as condições particulares com que fomos confrontados nestes tempos, decidiu-se prolongar a duração desta campanha até final de Maio, com o intuito de facilitar o acesso de mais leitores a estas obras.
Entretanto, e como se tinha já adiantado, duas novas edições estarão disponíveis: Duas Tácticas da Social-Democracia na Revolução Democrática e Um Passo em Frente, Dois Passos Atrás.
Até lá, não faltam leituras, tendo sempre em mente a advertência de Lénine: «Se eu sei que sei pouco, esforçar-me-ei por saber mais, mas se um homem diz que é comunista e que não tem necessidade de conhecimentos sólidos nunca sairá dele nada que se pareça com um comunista.»