Nesta semana de luta, lembramos Clara Zetkin, autora da proposta de criação de um Dia Internacional da Mulher, em 1910. Embora esse contributo apenas fosse já suficiente para gravar na história o seu nome, a sua acção política, luta e pensamento vá muito para lá do dia 8 de Março. Por isso, é sempre útil ler (ou reler) o livro Clara Zetkin e a Luta das Mulheres – Uma Atitude Inconformada, Um Percurso Coerente, editado em 2007 por ocasião dos 150 anos do nascimento da revolucionária alemã e que mantém plena actualidade. Estruturalmente composto por quatro partes, incluindo elementos biográficos e apreciação crítica da importância da sua obra, destacam-se no livro os textos da autoria de Clara Zetkin, escritos durante um largo período de tempo e debruçando-se sobre vários temas, entre eles o discurso proferido na qualidade de deputada mais velha na abertura dos trabalhos do Parlamento alemão em 1932.
Nesta batalha trata-se antes de mais de abater o fascismo, que quer aniquilar a ferro e sangue as manifestações de classe dos trabalhadores, sabendo bem, como os nossos inimigos, que a força do proletariado não depende do número de assentos no Parlamento, mas que está ancorada nas suas organizações políticas, sindicais e culturais.
Certeza segura é a importância de continuar a reforçar a luta pela igualdade e pelo cumprimento dos direitos da mulher. Até porque, como diz Clara Zetkin, «a incorporação das grandes massas de mulheres proletárias na luta pela libertação do proletariado é um dos pré-requisitos para a vitória do ideal socialista e da construção da sociedade socialista».
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