Consta que em Baleizão mataram uma camponesa: Catarina Eufémia

Catarina Eufémia, militante comunista e símbolo de coragem contra a ditadura, foi assassinada dia 19 de Maio de 1954 na luta pelo pão, a paz e a liberdade. Não esquecemos, lembramos a mulher e o futuro que a sua vida semeou na seara.
José Casanova reúne em Catarina Eufémia, Militante comunista, Mulher de Abril, Companheira de luta o Cancioneiro de Catarina, obra que se inscreve desde logo no património comum da memória da resistência antifascista.

​Como nos diz o autor do volume, "Cantado por grupos corais alentejanos, ou por grandes intérpretes da música popular portuguesa, ou por coros improvisados nas cadeias do fascismo, ou em convívios antifascistas, ou em simples reuniões familiares e de amigos, ou nas festas de Abril, o conjunto desses poemas passou a integrar o imaginário colectivo dos resistentes antifascistas, dos homens, mulheres e jovens de Abril".
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José Casanova antecede o Cancioneiro de dez capítulos, ao longo de cinquenta páginas, de rigorosa análise de dados biográficos, recolhas testemunhais e registos de imprensa, que constituem um inegável contributo para a preservação da história da vida e da morte de Catarina Eufémia.

Quando tivermos Portugal nos braços
e pudermos amá-lo sem sofrer,
quando o Alentejo se  puser a rir,
Catarina Eufémia, minha irmã,
Então o teu filho há-de nascer!

Alexandre O'Neill

​Para além da sugestão da obra de José Casanova, as Edições «Avante!» anunciam ainda aos seus leitores a preparação de novidades para muito em breve.