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Ganhar de novo consciência do lugar!

1/5/2020

 
Celebramos hoje o Primeiro de Maio.
Desde 21 de Março, Dia Mundial da Poesia, publicámos todos os dias poemas, lidos por diversos artistas portugueses, celebrando esse dia de unidade e de luta dos trabalhadores de todo o mundo.
Foi uma verdadeira quarentena. Quarenta dias de palavras solidárias, para que hoje, no Primeiro de Maio, se «ganhe de novo consciência do lugar».
O último episódio é com o poema de Daniel Filipe, «Pátria, lugar de exílio» (que no livro Maio Trabalho Luta surge a abrir a antologia), que nos fala do Primeiro de Maio de 1962: «o maior, o mais importante e o mais significativo Dia do Trabalhador construído durante a ditadura fascista», como nos diz no prefácio José Casanova.
O poema, ​composto por cinco canções, fala-nos de um Primeiro de Maio onde «podemos finalmente sorrir sem amargura». Neste ano de 2020, o Primeiro de Maio é «de resistência e de luta, face ao que aí está e ao que aí vem». Para novamente sorrirmos sem amargura, façamos deste Primeiro de Maio «uma importante afirmação da luta pela defesa da saúde e dos direitos dos trabalhadores, pela sua valorização e por um Portugal com futuro».
Viva o Primeiro de Maio!
​
Regresso pelo tempo ao dia de hoje
primeiro de Maio de 1962
hora segunda da meditação
Ganho de novo consciência do lugar
chegam comboios há mais gente na rua
como se o rio humano recebesse
o agreste tributo de outra oculta nascente

Vêm com o rosto de todos os dias
o olhar de todos os dias
as mãos e os pés de todos os dias
cansados de preencher impressos
moldar metais
afeiçoar madeiras
rodar motores e válvulas
sujos de óleo e poeira
deslumbrados de sol
operários empregados de escritório vendedores de porta a porta
dir-se-ia que cantam

De súbito a cidade parece banhada de alegria
estamos juntos meu Amor
possessos da mesma ira justiceira
Damos as mãos como dois jovens namorados
e sorrimos felizes
à doce primavera acontecida
no magoado coração da pátria

Vêm de toda a parte sem idade
Redescobrem palavras esquecidas
e no silêncio cúmplice desfraldam
um novo e claro amanhecer do mundo
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