Decorreu no passado fim-de-semana mais uma edição da Festa do «Avante!». Mais uma vez se demonstrou que a Festa é não só a maior iniciativa político-cultural realizada no País, mas sobretudo é o espaço onde se encontram a convicção e a alegria dos que lutam pela liberdade, pela democracia, pelos direitos dos trabalhadores e do povo, por Abril. Mais uma vez se provou que é possível promover a Cultura e que os livros continuam a ser Camaradas muito procurados. Milhares de pessoas visitaram a Festa do Livro e levaram consigo estes imprescindíveis companheiros, das ansiadas novidades aos clássicos. O programa do auditório foi, como é hábito, rico e diverso, com a participação de autores, debates e lançamentos.
Das várias sessões em torno das comemorações dos 100 anos do Partido Comunista Português (com o lançamento de Vozes ao Alto na sexta-feira, o debate no sábado em torno do livro 100 Anos de Luta com a participação de Margarida Botelho, Manuel Loff, Manuel Pires da Rocha e Rita Branco, e a apresentação do livro Dentro de Ti, Ó Cidade, no domingo), sobre os crimes do fascismo português (Catarina de Todos Nós, um texto de Sidónio Muralha agora novamente editado com ilustrações de Pedro Penilo sobre Catarina Eufémia, Guerra em Angola – Diário de Um Médico em Campanha, livro de Mário Moutinho de Pádua pela primeira vez editado em Portugal, e Elas Estiveram nas Prisões do Fascismo, uma edição da URAP sobre a luta das mulheres durante a ditadura), e sobre problemas da actualidade política e social (como o lançamento do livro de Daniel Sampaio Covid-19 – Relato de Um Sobrevivente, da nova edição de O Estado Capitalista e as Suas Máscaras, de António Avelãs Nunes, ou o lançamento do dossier Avante! Vida, Alegria, Luta, Projecto. A Festa Que a Reacção Teme em torno da insidiosa campanha lançada contra a edição de 2020 da Festa), bem como sessões e debates em torno de cultura e livros (o lançamento do romance No País do Silêncio, de Rita Cruz, um debate sob o tema A Humanidade em Questão, debruçando-se sobre os livros Um Problema de Consciência de Álvaro Cunhal e ilustrado por Ana Biscaia e A Cultura Integral do Indivíduo de Bento de Jesus Caraça, e um outro debate ainda sobre O Neo-Realismo na História do PCP, com a participação de Carina Infante do Carmo, Domingos Lobo e Inês Carvalho), não faltaram as razões para tirar proveito de um fim-de-semana de livros, cultura e luta em cheio. |